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S. Gonçalinho está «no meio de nós»

Procissão das Festas realizou-se ontem, em manhã dedicada aos atos religiosos, trazendo centenas de pessoas às ruas do bairro para ver passar o cortejo. O lançamento de cavacas continua a ser o grande chamariz

«S. Gonçalinho vai no meio de nós», sublinhou o padre João Alves, pároco da Vera Cruz, dando o mote para o início da Procissão, realizada na manhã de ontem, da edição deste ano das Festas em Honra de S. Gonçalinho. O sacerdote enfatizou que o santo «é um de nós porque nos ajuda a seguir Jesus Cristo».

Integrada pela Irmandade do Santíssimo, pelas mordomas, por antigos juízes, pelos atuais mordomos, que levaram o andor, e pelo sacerdote, teve acompanhamento musical da Banda Amizade e foi participada por muitas pessoas, com muitas mais a apreciarem o cortejo nas ruas. A Procissão seguiu pela Rua do Tenente Resende, passou pelo Rossio e por duas ruas do Bairro da Beira-Mar, antes de regressar à Capela de S. Gonçalinho, onde, pelo meio-dia, foi celebrada, por D. António Moiteiro, o bispo de Aveiro, a Eucaristia festiva.

Nuno Martins, da Irmandade do Santíssimo, e que já foi mordomo das festas, salientou que este evento religioso foi retomado há alguns anos, com nota de que tem vindo a conquistar a adesão não apenas de fiéis e devotos que nele participam, mas também dos muitos que vão assistindo pelo decorrer do trajeto.

Tradições que merecem ser mantidas

Testemunhou, ainda, que as festas estão «a decorrer muito bem», avaliando que a mordomia está «a fazer um bom trabalho».

Elisiário Patarrana, um dos mordomos, salientou a grande afluência de público à festividade, ao programa de animação, nomeadamente aos concertos, mas principalmente ao tradicional lançamento de cavacas. «Tem sido a grande atração e até os turistas estrangeiros têm aderido», afirmou.

Teresa Pinto, que veio com o marido de Lourosa, no concelho de Santa Maria da Feira, ao S. Gonçalinho, confirmou que atirar as cavacas do cimo da capela foi um dos principais motivos para a viagem desde o norte do distrito. «Isto fascina-me!», enfatizou, revelando que todos os anos o casal vai à festa.

De Soza, em Vagos, Fátima Ribeiro, também com o esposo, veio pelo mesmo motivo e porque considera importante «valorizar» uma festividade da sua região.

Tal como a santamariana, e como muitas outras pessoas que iam chegando à capela, não havendo lançamento de cavacas na manhã de ontem, aproveitaram para ver e acompanhar a Procissão.

Janeiro 13, 2025 . 08:30

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