Chuva de cavacas marca últimas promessas a São Gonçalinho
As tradicionais Festas de São Gonçalinho disseram, ontem, adeus ao Bairro da Beira Mar e a centenas de devotos que, anualmente, fazem promessas ao santo, em virtude da cura de doenças ósseas e resolução de problemas conjugais e amorosos. Para esta jura ser cumprida, nem o último dia desapontou com o tradicional arremesso de cavacas do cimo da capela, ao alcançar, junto da mordomia, a reserva de «cerca de sete toneladas», durante os cinco dias de festa, comunicou o mordomo Bernardo.
A tradição e o balanço da festividade
Ao som de música ambiente, brincadeira e animação, na tarde de ontem, as ruas do bairro não deixavam margem para dúvidas sobre a adesão do público. Com centenas de cavacas partidas no chão e a serem lançadas da capela, António, de Aveiro, e Leonel, de Oliveira de Azeméis, optaram por usar uma nassa, uma espécie de cesto de pesca, para apanharem o doce típico.
Em edições anteriores, a apanha das cavacas era feita «com um guarda-chuva ou à mão», contou António, dizendo ter saído magoado muitas vezes, sobretudo na cabeça. Porém, Leonel admitiu ainda não ter sido mais uma vítima da tradição, contudo gosta de usar este instrumento, pois acredita ser mais «eficaz», disse.
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