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Trump confirma que Israel e Hamas alcançaram acordo sobre reféns

Presidente afirmou-se “entusiasmado” que “os reféns americanos e israelitas regressem a casa e se reúnam com as suas famílias e entes queridos”

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou hoje que o Governo de Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas chegaram a um acordo sobre a libertação dos reféns israelitas, que será publicado “em breve”.

Temos um acordo sobre os reféns. Serão libertados em breve”, saudou, na sua rede social Truth, Trump, que toma posse no próximo dia 20.

Na mesma rede, o próximo Presidente dos Estados Unidos reivindicou a sua responsabilidade neste acordo, que visa os reféns retidos pelo Hamas na Faixa de Gaza desde outubro de 2023.

Este acordo épico só foi possível graças à nossa vitória histórica [nas eleições presidenciais norte-americanas] em novembro, porque mostrou ao mundo inteiro que a minha administração iria procurar a paz e negociar acordos para garantir a segurança de todos os americanos, e dos nossos aliados”, declarou.

Trump afirmou-se “entusiasmado” que “os reféns americanos e israelitas regressem a casa e se reúnam com as suas famílias e entes queridos”.

Com este acordo em vigor, a minha equipa de segurança nacional, através dos esforços do enviado especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff, vai continuar a trabalhar de forma próxima com Israel e com os nossos aliados para garantir que Gaza nunca mais volte a ser um porto seguro para terroristas”, prometeu Trump.

Vamos continuar a promover a paz através da força em toda a região, enquanto aproveitamos o impulso deste cessar-fogo para aprofundar os históricos Acordos de Abraão”, vincou.

Com vista à normalização das relações árabe-israelitas, os Acordos de Abraão foram patrocinados por Donald Trump durante o seu primeiro mandato na Casa Branca (2017-2021). Foram assinados a 15 de setembro de 2020 entre Israel e os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, que se tornaram os primeiros países do Golfo Pérsico a normalizarem as relações com Telavive, passando a reconhecê-lo como uma nação.

Posteriormente, Israel e Arábia Saudita deram sinais de uma potencial aproximação.

Para Trump, “este é apenas o início de grandes coisas que virão para a América e, certamente, para o mundo”.

Alcançámos tanto sem estarmos ainda na Casa Branca. Imaginem todas as coisas maravilhosas que vão acontecer quando eu regressar à Casa Branca, e a minha administração for toda confirmada, para que consigam garantir mais vitórias para os Estados Unidos”, acrescentou ainda.

Os contactos tinham-se acelerado nos últimos dias e os principais mediadores, como os Estados Unidos e o Qatar, já tinham confirmado uma aproximação nas posições de Israel e o Hamas.

O futuro enviado especial de Donald Trump para o Médio Oriente, Steve Witkoff, esteve envolvido, juntamente com representantes da administração cessante do democrata Joe Biden, em discussões conduzidas pelo Qatar e pelo Egito com vista a uma trégua na Faixa de Gaza.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, disse pouco antes do anúncio final que iria interromper a sua viagem à Europa para participar nas deliberações e votações do executivo.

Mais de 46.700 pessoas foram mortas em Gaza na sequência da ofensiva militar lançada pelas forças israelitas após os ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023. Cerca de 1.200 pessoas foram mortas e mais de duas centenas foram raptadas nesses ataques, das quais cerca de 100 estarão ainda retidas na Faixa de Gaza, desconhecendo-se o número exato de reféns mortos.

 

Janeiro 15, 2025 . 18:11

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