Wesley Saunders deixa Oliveirense por questão extradesportiva
O diretor de competições da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) considerou, hoje, que se tratou de uma questão não desportiva a decisão de Wesley Saunders ter de deixar de representar a Oliveirense.
Em declarações à agência Lusa, Gil Cruz adiantou que “a FPB tem acompanhado este processo desde o início e que já há algum tempo foi transmitido que o jogador não podia jogar, porque tinha questões no seu registo criminal” que levaram a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) a decidir por impedir que Saunders continuasse a jogar em Portugal.
“O nosso papel aqui no fundo é de intermediário entre o clube e a AIMA. Tentámos sempre ajudar, obviamente, o nosso clube, na medida do possível, mas temos de fazer cumprir a lei", assumiu.
Gil Cruz diz que neste momento não tem conhecimento de mais nenhum caso deste género, até porque “são analisados pela AIMA e não pela FPB”, mas que, apesar de se estar a falar de atletas, “não é uma questão desportiva que o impede de continuar a jogar”.
Ontem, a Oliveirense, em comunicado, informou que Wesley Saunders, uma das figuras do arranque do campeonato, não poderia continuar a representar o clube, por decisão da AIMA.
“[O jogador] Vê-se agora privado de poder continuar a sua carreira no nosso país, uma vez que a AIMA, com uma interpretação legal que entendemos manifestamente errada, recusa ao nosso atleta a possibilidade de continuar a jogar basquetebol em Portugal, quando tais fundamentos não foram impedimento para que o mesmo jogasse em vários países da União Europeia”, disse.