Feira de Santo Amaro sem gado, mas com muitos feirantes e sol

Já não há gado à venda, como outrora. Faltam «os leitões, os vitelinhos, os porcos e as vacas» de antigamente que, a 15 de janeiro, faziam muitos virem até ao alto de Santo Ama­ro, na freguesia de Beduído (Estarreja) para comprar um destes animais.
Ontem, nas primeiras horas da manhã, ainda a missa em honra de Santo Amaro não tinha começado, a nossa reportagem encontrou na secular Feira de Ano Manuel Junquei­ra, de 64 anos. Estava com um amigo e tinha vindo de propósito, de Macinhata da Seixa, do concelho vizinho de Oliveira de Azeméis, «para manter a tradição». Este macinhatense ain­da é do tempo em que «os agricultores de Macinhata da Seixa vinham à Feira de Santo Ama­ro para comprar um porquinho. Vinham e iam a pé», sublinhou, acrescentando: «A minha sogra chegou a fazer isso».
Segundo nos contou, não estava ali às compras. Tinha vin­do apenas para passear. Ainda mais num dia soalheiro como aquele, que convidava a sair de casa e a andar a pé.