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OMS espera que todas as partes honrem acordo de cessar-fogo

Acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo islamita palestiniano entra em vigor no domingo

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) saudou hoje o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, manifestando-se esperançado que esse entendimento seja aplicado e honrado pelas duas partes.

Apelamos ao Gabinete de Israel a aprovar este acordo e a todas as partes a honrá-lo e a implementá-lo. Esperamos sinceramente que este acordo marque o fim do capítulo mais negro na história das relações entre israelitas e palestinianos”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa.

O diretor-geral da agência das Nações Unidas para a área da saúde salientou ainda que o anúncio do cessar-fogo e do acordo para a libertação de reféns é “praticamente a melhor notícia que se podia ter para começar um novo ano”.

Saudamos este anúncio com um grande alívio, mas também com pena que tenha vindo demasiado tarde para aqueles que morreram no conflito”, lamentou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Apesar de o acordo apenas entrar em vigor no domingo, “se os dois lados estão comprometidos com um cessar-fogo, ele devia começar imediatamente”, defendeu ainda o responsável da OMS.

Tedros Adhanom Ghebreyesus assegurou também que a OMS vai continuar a responder às necessidades das populações de Gaza agora e depois de o acordo entrar em vigor e a apoiar a reconstrução do sistema de saúde no território.

O acordo entre Israel e o Hamas, alcançado após meses de negociações indiretas, será dividido em três fases. A primeira durará 42 dias e certificará o fim das hostilidades, a retirada das tropas israelitas da fronteira e a troca de 33 reféns por prisioneiros palestinianos.

A segunda fase envolverá a distribuição de ajuda humanitária “segura e eficaz” a grande parte da Faixa de Gaza, devastada por mais de 15 meses de ofensiva israelita.

Também serão realizadas reparações em instalações de saúde e será permitido o transporte de mantimentos e combustível para o enclave palestiniano.

Mais pormenores sobre a segunda e a terceira etapas do acordo serão divulgados assim que a primeira fase for certificada.

Israel lançou a sua ofensiva contra Gaza após os ataques do Hamas a 07 de outubro de 2023, que fizeram quase 1.200 mortos e cerca de 250 reféns.

Desde então, mais de 46.700 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, de acordo com as autoridades de Gaza controladas pelo grupo extremista Hamas.

Também foram mortas mais de 850 pessoas pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Janeiro 16, 2025 . 17:03

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