«Arquitetura com alma», de José Vitória
«São obras com alma». José Vitória é perentório quando se refere à sua exposição “Diálogos, Interações, Paixões” que está patente ao público, até 4 de fevereiro, na Galeria Morgados da Pedricosa, sob a égide do AveiroArte. A inauguração aconteceu ao final da tarde do passado dia 11, em ambiente acolhedor, na presença de familiares e amigos que “brindaram” à arte.
Nesta sua primeira mostra individual, o arquiteto aveirense de renome, com escritório próprio, que também é artista, “abre o livro” de uma vida dedicada à arquitetura. «Fiz as primeiras maquetas com oito anos. E, mais tarde, mesmo a estudar, já trabalhava em gabinetes, porque queria ter a perceção da realidade», começou por nos contar este «vulcão em termos de criatividade» - como se autodefiniu -, que mesmo de férias continua a criar.
A criatividade está-lhe, pois, no sangue. E o “bichinho” da arquitetura leva-nos até à sua infância, quando, com dez anos, o pai «era mestre de obras» e fê-lo pôr, literalmente, «as mãos na massa». É daí que vem esta paixão pela arquitetura, que nunca mais parou de crescer e que ainda hoje alimenta, acabando por ir contra aquela que «era a vontade» do pai. Ele queria muito que fosse engenheiro civil», confidenciou à nossa reportagem.
Formou-se na FAUP - Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, onde o desenho era preponderante, além da sorte de conviver com a geração de arquitetos, que colocou Portugal como referência fundamental no mundo da arquitetura. Este conhecimento acumulado foi, na sua ótica, fundamental para uma carreira intensa e apaixonada de 30 anos.
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