Fábrica da História quer ser «um museu vivo»
Quando chegamos ao Museu Fábrica da História – Arroz, Juliana Cunha está sentada a uma secretária no seu gabinete envidraçado. Diretora desde a inauguração, em Setembro passado, fala-nos deste novo espaço museológico – do que foi preciso fazer para o pôr a funcionar e do que se espera dele, numa altura em que a orizicultura local enfrenta tempos difíceis. Esta mulher de 39 anos guia-nos depois pelos vários pisos da antiga fábrica de descasque de arroz – num deles cruzamo-nos com um grupo de visitantes de um lar de Oliveira de Azeméis, que ouvem as explicações de uma técnica municipal. Deixa-se fotografar em alguns locais do museu, como junto a uma instalação criada com 720 lâmpadas led. «É bonito, não é?», pergunta. Dirigir este novo espaço, diz, tem sido «uma experiência única».
Diário de Aveiro: O museu abriu em Setembro. Quais os primeiros números de visitantes?
Juliana Cunha: O museu abriu a 14 de setembro de 2024 e até ao final do ano tivemos cerca de 1.500 visitantes. Além dos visitantes que fizeram o percurso expositivo, tivemos também o museu ativado com programação nos meses de outubro e novembro, onde participaram cerca de 120 participantes nestas atividades. No mês de outubro houve a apresentação de uma reedição do livro “Salreu, uma aldeia em papel de arroz”, de Sérgio Paulo Silva, onde estiveram também presentes várias pessoas do concelho e não só. E em novembro tivemos uma prova gastronómica no âmbito da atividade “Arroz com História: tradição em mãos”, uma atividade que é realizada essencialmente nos campos do arroz em que todas as pessoas podem experimentar a sementeira, a plantação, a monda, a colheita e depois a prova. Na prova contamos com cerca de 60 participantes. É esse também o nosso propósito, ativar o museu mensalmente para que seja um museu vivo.
São números que vos satisfazem?
Sim, bastante. O museu é muito recente. Estamos expectantes para esta época de Primavera e Verão e cremos que vamos conseguir aquilo a que nos propusemos.
Entretanto ainda falta abrir o restaurante...
É verdade, falta abrir o restaurante, que é localizado no segundo andar e que será mais um local de tributo ao arroz do Baixo Vouga Lagunar. Em breve haverá novidades. Será mais um elo que completará o museu e vice-versa.
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