Corte de árvores abre caminho a investimento
Vários plátanos de grande porte foram ontem abatidos, na Avenida Europa, em Esgueira (Aveiro), para poder avançar uma obra que se encontra em curso, o que, segundo a câmara, seria incompatível com a manutenção das árvores.
Aparentemente em boas condições de saúde, os plátanos tinham o destino marcado, dada a licença municipal atribuída para o seu abate, uma ação incluída num acordo com a marca que se instalará na zona frente ao conjunto de árvores, agora inexistentes. Mas este abate à beira da estrada, deixou “perplexo” o ativista Fernando Paiva, do movimento ambientalista “Não Lixes”, que notou a «boa saúde” das árvores.
Também o deixou «perplexo» o abate de plátanos daquela dimensão, com dezenas de anos de vida; e a «facilidade com que se cortam as árvores, sequestradoras de carbono e não tendo em conta os esforços de combate contra as alterações climáticas».
Fernando Paiva ainda disse ao Diário de Aveiro que as árvores não apresentavam risco para a circulação, mas a questão que esteve na origem da operação de “limpeza” da zona é outra. Está em causa a construção das novas instalações da Macovex e o “afastamento” das árvores foi considerado imprescindível para o que se pretende realizar na sua envolvente, precisamente onde se encontravam os plátanos. O acordo, no qual a empresa participa com cerca de 180 mil euros, envolve estacionamento, acessos e construção de uma segunda faixa de rodagem naquela zona da avenida, além de uma «arborização de raiz», disse o presidente da câmara, Ribau Esteves, ao Diário de Aveiro.