Satélite da UA no espaço
O satélite enviado para o espaço no passado dia 14, o “PoSAT-2”, a bordo do foguetão Falcon 9 da SpaceX, vai «fornecer dados sobre a localização de navios e alertar embarcações sobre condições meteorológicas adversas e possíveis ameaças de pirataria e emergências no mar», tratando-se de um projeto que conta com a participação da Universidade de Aveiro (UA).
A UA lidera a coordenação da formação e capacitação de recursos no setor aeroespacial, integrando um consórcio de 39 copromotores. O PoSAT-2 integra a constelação ATON - Rede de Observação Atlântica, para «melhorar a segurança e a gestão das rotas comerciais e ambientais no mar».
O PoSAT-2 faz parte da Agenda Mobilizadora New Space Portugal, na qual a UA investe 300 mil euros, sendo o quarto satélite português no espaço e «o primeiro com um propósito comercial». O consórcio, liderado pela GEOSTAT, investe cerca de 100 milhões de euros visando o «desenvolvimento, produção e lançamento de satélites de observação da Terra, colocando a indústria espacial portuguesa na vanguarda dos mercados globais».
Agência Espacial
escolhe a UA
Pela primeira vez, estudantes da UA participam no “Concurrent Engineering Challenge”, um programa da European Space Agency (ESA), a Agência Espacial Europeia, que convidou a instituição, mobilizando estudantes de mestrado e doutoramento, entre os dias 7 e 11 de abril, no Departamento de Eletrónica Telecomunicações e Informática.
Serão formadas equipas de diferentes universidades, além da UA, a Cranfield University, do Reino Unido, e o Politecnico di Milano, de Itália, que «colaboram e competem», usando ferramentas e metodologias idênticas às aplicadas na ESA», desenvolvendo competências técnicas, de comunicação e trabalho num ambiente multidisciplinar e internacional», para a criação de um sistema que resolva um problema colocado pela ESA.
A candidatura da UA diz respeito ao desenvolvimento de uma Concurrent Engineering Facility, um conjunto de computadores com o “software” necessário para desenvolvimento de um satélite.
Segundo Pedro Casau, diretor do Mestrado em Engenharia Aeroespacial, «serão simulados cenários reais do setor aeroespacial», expondo os estudantes a «tecnologias de ponta e às práticas mais recentes na área aeroespacial», avançou o docente