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O artesão Sábio
A localização geográfica que nos deu foi a certa - o n.º 9 da Rua da Devesa -, mas quis o destino que fôssemos parar à Rua de São Tomé, não muito distante dali. E, precisamente, perto da “Casa do Avô Sábio”. Os azulejos, tanto nesta habitação como na pequena capela em honra de São Tomé, mandada erigir por um particular naquele largo, condiziam com as informações que nos tinham dado a seu respeito.
Esta casa antiga, que era do pai, é agora de Manuel Sábio, sendo aqui que tem «o ateliê ou oficina (o que lhe quisermos chamar)», que, na altura, não deu para visitarmos. A hora já ia adiantada e, como nos disse o próprio, «também tenho de fazer uma arrumação àquilo». A visita ficou, pois, combinada para uma próxima vez.
Desta feita, ficámo-nos pela casa onde este artesão, de 65 anos, nascido e criado na freguesia de Fermelã, vive e onde em praticamente todos os compartimentos “moram” obras que foram feitas por si, todas elas únicas, que inevitavelmente prendem a atenção de quem as vê.
Falamos de quadros, esculturas, peças decorativas, entre outros trabalhos, feitos com materiais recicláveis, desde aço, azulejos, ramos de árvores, pedras, madeira, etc., pelos quais Sábio fez questão de nos guiar, como bom anfitrião que é.
Num espaço amplo que tem junto à cozinha tem montada uma espécie de “oficina”. Foi aqui que vimos dezenas de Palheiros da Costa Nova, que saltaram à vista, inevitavelmente, pelas cores vivas. Sábio está a ultimá-los e já tem a quem os entregar.
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