
Em Cacia foi um esbanjar do “pipi” da Cristina
A iniciativa tem a mão do Grupo Folclórico da Casa do Povo de Cacia e da Escola de Etnografia e ontem cumpriu-se a 19.ª edição, mas Cristina Gaspar admitiu ao Diário de Aveiro que o desfile já viveu dias melhores. Reconhece que gostava de ver mais pessoas envolvidas, a contribuírem para que esta tradição tão portuguesa não se perca, explicou esta responsável pela organização. Em causa está uma festa de Carnaval com muito de espontâneo, no que respeita à participação das pessoas, «nunca sabemos como vai correr. Junta-se quem quer e como quer», sendo que no “ADN” deste desfile não há espaço para o samba, tangas e brilhos. «A ideia é ir aos baús dos avós e aproveitar roupas e adereços e dar-lhes nova vida», realçando que a sátira social está sempre presente, faz parte do Carnaval trapalhão».
O desfile atravessou o centro de Cacia e passou por Sarrazola, porque é um lugar que tem espírito bairrista e ainda valorizam estas coisas», explicou.
Este ano, além do Rei e da Rainha, gigantones, dinossauros, pelicanos e mascarados aleatórios, destaque para as matrafonas que não poupavam o público a borrifadelas generosas do “Pipi” da Cristina, para «cheirar bem», diziam.
No final, realizou-se um lanche convívio aberto a toda a população, porque «o Carnaval também é isto, juntar as pessoas e promover o convívio».