
Pais contra refeições na escola vizinha, câmara pondera «outras soluções»
Os alunos do 1.º e 2.º anos da Escola Básica (EB) de Esgueira continuarão a almoçar na vizinha Escola Jaime Magalhães Lima enquanto a Câmara de Aveiro não colocar em prática «outras soluções» que «está a ponderar» e que evitem deslocações de um estabelecimento para o outro, designadamente, à chuva. Este é um tema que tem mobilizado a Associação de Pais, a aguardar por uma resposta que tarda em chegar por parte da câmara.
Esta necessidade das crianças almoçarem numa escola que não é a sua prende-se com uma mudança que ainda não aconteceu, uma vez que os alunos daqueles dois anos de escolaridade deverão mudar para um novo edifício a construir no perímetro da Secundária Jaime Magalhães Lima. Essa construção demorará, prevê o presidente da câmara, Ribau Esteves, dois anos. Segundo explicou, a autarquia tinha um plano que apontava para uma obra com outros prazos, mas não foi isso que aconteceu. Apesar deste objetivo não estar a ser conseguido, mantém-se o plano dos 1.º e 2.º anos mudarem para o novo edifício. A acontecer, as crianças do Jardim de Infância da EB de Esgueira também mudarão para a escola vizinha e, enquanto isso não acontece, fazem as refeições num espaço provisório da Escola Básica. Relativamente aos 3.º e 4.º anos, já estão a frequentar aulas no edifício da Jaime Magalhães Lima.
Para solucionar um problema gerado por uma obra que encontrou entraves pelo caminho, concretamente, ao nível da elaboração do projeto, é necessário conseguir um novo projetista da obra a executar no perímetro da Jaime Magalhães Lima. Será necessário «acabar o projeto» e, posteriormente, lançar a obra a concurso, explicou Ribau Esteves.
Entretanto, enquanto a obra não se faz nem surgem as soluções que a câmara está «a ponderar», as refeições continuarão a ser feitas na Jaime Magalhães Lima.
A presidente da Associação de Pais lamenta que as crianças estejam sujeitas à chuva e regista relatos dos familiares das crianças sobre doenças decorrentes das molhas e do frio que apanham. Este problema «acontece há anos, tornou-se insustentável e não temos resposta», disse ao Diário de Aveiro a presidente, Joana Candeias.