
Candidatura do moliceiro a Património da Humanidade é conhecida este ano
O resultado da candidatura do barco moliceiro a “Património Cultural Imaterial da Humanidade que Necessita de Salvaguarda Urgente” deverá ser conhecido no final deste ano.
O processo, intitulado “Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro”, foi formalmente entregue em Paris, sede da UNESCO, em março do ano passado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), que lidera a candidatura.
A instituição confia no sucesso da iniciativa. Já este ano, Joaquim Baptista, presidente da Câmara da Murtosa e da CIRA, disse acreditar que a candidatura será aceite durante a vigésima sessão do Intangible Cultural Heritage Committee, que acontece este ano. A afirmação foi proferida no seminário “Cuidar e Valorizar o Património Cultural Imaterial em Portugal”, para assinalar o segundo aniversário da inscrição do barco moliceiro e da arte da carpintaria naval no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
«Património profundamente enraizado»
A Comunidade Intermunicipal refere que a apresentação da candidatura ocorreu após «um profundo processo de análise e avaliação» da Comissão Nacional da UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, que «reconheceu o seu elevado potencial e selecionou a candidatura da região de Aveiro como a representante nacional». «Ao longo do próximo ano, a candidatura será novamente avaliada, por peritos internacionais da UNESCO, devendo a decisão ser conhecida no final de 2025», explicou na altura a entidade sediada em Aveiro e que agrupa 11 municípios.
A CIRA diz que este é mais um passo no caminho iniciado em 2021, com a assessoria do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo, que já alcançou a inscrição no Inventário Nacional de Património Cultural Imaterial em Dezembro de 2022.
«A oficialização da candidatura da UNESCO deve encher de orgulho a todos, na região de Aveiro», frisou Joaquim Baptista, acrescentando que, enquanto se aguarda a decisão oficial da UNESCO, a CIRA «estará, como sempre, cem por cento empenhada na preservação deste património que está profundamente enraizado na tradição local e nos corações das nossas gentes».