
Rally de Portugal é “importante e estruturante” para o Centro de Portugal
O WRC Vodafone Rally de Portugal, que em 2025 vai atravessar os concelhos da região de Coimbra, Figueira da Foz, Mortágua, Arganil, Góis, Lousã, Águeda, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga é uma «projeto importante e estruturante» para a Turismo Centro de Portugal (TCP), afirmou ontem, na apresentação das etapas que fazem parte do evento no território, Anabela Freitas. «O Rally e o Centro de Portugal são uma relação “win/win”. As melhores classificativas são as do nosso território», frisou a responsável, destacando que das «24 etapas do rally, 11 decorrem no Centro de Portugal».
A palavra, depois, passou para os agentes (municípios) que no terreno operacionalizam o evento que, com boa disposição e humor à mistura, esgrimiram argumentos sobre qual o território que seria o melhor para se ver a considerada «a melhor prova do mundo» da especialidade.
Jorge Almeida, de Águeda, regozijou-se pelo facto o seu concelho «viver as emoções do WRC Vodafone Rally de Portugal. «Tudo o que chega a Águeda brilha e esta prova não será exceção», disse. Já António Santos, de Albergaria-a-Velha, sublinhou que a prova «ter um grande reconhecimento pelo distrito de Aveiro», acrescentando que o seu município «vai privilegiar a segurança».
Super especial na Figueira da Foz
«Foi um trabalho muito árduo para termos o rally na região e seguramente valeu a pena», disse Luís Paulo Costa, da Câmara de Arganil. Francisco Veiga destacou o facto de a prova «sair de Coimbra» e de os «aficionados poderem ver os carros e os pilotos limpinhos». A partida simbólica é da cidade dos estudantes. O vice-presidente do município lançou ainda o repto para que futuro Coimbra possa receber o final da competição.
Manuel Domingues enfatizou que é «na Figueira da Foz que os “bólides” aceleram na super especial», salientando o «bom ambiente vivido nesse dia» na Praia da Claridade. Já Nuno Bandeira, de Góis, parabenizou o Automóvel Clube de Portugal (ACP), Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, e a TCP pelo trabalho desenhado para que o rally voltasse a passar pela região.
João Santos, vereador da Lousã, Ricardo Pardal, da Câmara de Mortágua, e Ricardo Silva, de Sever do Vouga, manifestaram a sua vontade de fazer com que esta edição do WRC Vodafone Rally de Portugal seja uma das melhores. «É um prazer voltar a receber a prova», disse João Santos, enquanto Ricardo Pardal referiu que «cada município tem as suas características mas o importante é que o rally passa na região».
«Nem nos meus melhores sonhos pensei em estar nesta apresentação», confessou Ricardo Silva, prevendo uma «grande enchente de público nos dias de prova»
Milhões de retorno
O presidente do ACP foi claro ao afirmar que em «boa hora» tomou a decisão de que o rally voltasse ao Centro de Portugal, porque, na verdade, disse Carlos Barbosa, «o território tem especiais muito técnicas e muito desportivas». ««O WRC Vodafone Rally de Portugal em 2024 teve um impacto económico estimado de 183,3 milhões de euros, mais 18,6 milhões (11,29%) em relação a 2023, tendo reforçado o relevo de Portugal como destino de referência do automobilismo mundial. O evento gerou 93,67 milhões de euros em despesa direta por parte dos adeptos, equipas e organização nas regiões, sendo que 36% foram provenientes de visitas estrangeiros, dos quais 25% visitaram pela primeira vez o país», argumentou o responsável.
“É política do Governo captar grandes eventos internacionais”
Pedro Machado, aquele que foi considerado um dos responsáveis para que o WRC Vodafone Rally regressasse às estradas da região, deu três razões para que a prova percorresse Portugal. «É o melhor país do mundo, tem parceiros fiáveis e é um grande evento para o Centro de Portugal», justificou o secretário de Estado do Turismo. O governante mencionou ainda ser «política do Governo captar grandes eventos internacionais para o país», elencando alguns. «Estes projetos é que fazem o turismo crescer com valor e com coesão», finalizou.