
Associação Pais e Amigos Habilitar e a capacidade de fazer a diferença
Diário de Aveiro: As comemorações do Dia Internacional da Síndrome de Down têm o tema “Melhore os nossos sistemas de apoio”. É bem escolhido?
Isabel Santos (Coordenadora executiva da APAH): O tema deste ano é muito bem escolhido. Destaca uma questão crucial: para que as pessoas com Trissomia 21 possam viver de forma plena e autónoma, é essencial que existam redes de apoio sólidas e eficazes. Estes sistemas englobam o acesso à educação inclusiva, oportunidades de emprego, cuidados de saúde especializados, bem como apoio às famílias. E estes são muitas vezes insuficientes e/ou negligenciados.
Há muito a melhorar nos apoios a esta doença, seja aos doentes, seja às famílias?
Sim, há ainda muito a melhorar nos apoios à Trissomia 21, tanto para as pessoas com a condição como para as suas famílias. Apesar dos avanços na sensibilização e inclusão, persistem lacunas no acesso a terapias especializadas, à educação verdadeiramente inclusiva e a oportunidades de emprego dignas. Muitas famílias enfrentam dificuldades em obter apoios sociais e fiscais, o que torna o dia a dia mais desafiante. É essencial reforçar os recursos nos serviços de saúde, apostar na formação dos profissionais e criar políticas públicas que promovam a autonomia e a participação ativa das pessoas com Trissomia 21 na sociedade.
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