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Museu Marítimo recebe mostra do fotojornalista Eduardo Martins

As imagens captadas por Eduardo Martins destacam o casamento entre os saberes ancestrais e a exigência do mercado global. A exposição será acompanhada por um programa paralelo de atividades, incluindo uma ação com jovens no dia 23 de abril e uma atividade para famílias a 26 de abril

O Museu Marítimo de Ílhavo recebe, a partir de hoje, a exposição "Património em Rede: um peixe, uma comunidade, dois países", do fotojornalista Eduardo Martins. A mostra, de acesso gratuito, estará patente até 25 de maio.
Este trabalho fotográfico mergulha no universo do atum-rabilho do Atlântico, um dos maiores e mais valiosos peixes do oceano, conhecido pelas suas impressionantes migrações. A exposição documenta a reabilitação da pesca do atum na costa algarvia após um interregno de duas décadas e revela o cruzamento entre as tradicionais armações portuguesas e as técnicas modernas introduzidas por uma empresa japonesa que se instalou na região há cerca de trinta anos.
A pesca do atum-rabilho, um dos peixes com maior valor no mercado internacional, tem raízes profundas no Algarve, sendo praticada desde a antiguidade. No entanto, a atividade esteve extinta na região entre 1972 e o início dos anos 1990, até que uma empresa nipónica, instalada em Olhão, reintroduziu a pesca combinando métodos tradicionais portugueses com tecnologia japonesa. As imagens captadas por Eduardo Martins destacam o casamento entre os saberes ancestrais e a exigência do mercado global.
A exposição será acompanhada por um programa paralelo de atividades, incluindo uma ação com jovens no dia 23 de abril e uma atividade para famílias a 26 de abril. "Património em Rede: um peixe, uma comunidade, dois países" é «uma oportunidade única para explorar a riqueza cultural e histórica da pesca do atum-rabilho, refletindo sobre as transformações e desafios desta prática no mundo contemporâneo», refere a organização.
O autor, Eduardo Martins, nasceu em Viseu e mora atualmente no Porto. É fotojornalista e fotógrafo documental e ao longo dos anos tem desenvolvido reportagens sobre temas como identidade, religião, cultura e direitos humanos. Trabalhos com sobreviventes do regime dos Khmer Vermelho, no Cambodja, no bairro português de Malaca ou sobre os protestos pró-democracia em Hong Kong em 2019 são exemplos de reportagens realizadas por Eduardo Martins.
A sua última exposição, “Nelayan: Vontade em Trânsito”, também se debruçou sobre o tema da pesca, transpondo para fotografia a vivência dos pescadores indonésios que se fixaram nas Caxinas, em Vila do Conde.

Março 21, 2025 . 11:13

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