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Fernando Gomes e Tiago Craveiro não são arguidos

Buscas estão relacionadas com a venda da antiga sede da FPF, na rua Alexandre Herculano, por mais de 11 milhões de euros

O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, afirmou hoje que o ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) Fernando Gomes e Tiago Craveiro não são arguidos na Operação Mais Valia, depois de buscas na sede federativa.

“Nenhuma das pessoas de que aqui falei são intervenientes nesta ação. Vim dar a cara, para que fique esclarecido que Fernando Gomes não tem de ficar diminuído na sua ação”, declarou aos jornalistas, à margem da tomada de posse de Gomes como presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP).

No Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, Neves surgiu ao lado do antigo presidente da FPF Fernando Gomes e explicou aos jornalistas que este não é arguido na operação, cujas buscas foram hoje levadas a cabo e conhecidas, bem como outro dos nomes avançados na comunicação social, Tiago Craveiro, ex-diretor geral do organismo

“Para nós também não é agradável, num dia relevante para o país e o desporto, ter esta ação. O nosso trabalho percorre sempre o seu rumo. Há trabalho que já está calendarizado há muitas semanas, com muita gente envolvida”, declarou.

A FPF é agora liderada por Pedro Proença, que em fevereiro deste ano sucedeu a Fernando Gomes, presidente nos últimos 13 anos e prestes a ser empossado como líder do COP.

As buscas estão relacionadas com a venda da antiga sede da FPF, em 2018, na rua Alexandre Herculano, em Lisboa, por mais de 11 milhões de euros, adiantou a PJ em comunicado, tendo fonte policial confirmado à Lusa que foram constituídos arguidos, até agora, um empresário e um antigo secretário geral da federação.

Em causa estão suspeitas dos crimes de recebimento indevido de vantagem, corrupção, participação económica em negócio e fraude fiscal, confirmou esta polícia.

Também em comunicado, a PJ avançou que, durante a investigação, “foram identificadas um conjunto de situações passíveis de integrarem condutas ilícitas relacionadas, sobretudo, com a intermediação da venda” do edifício em questão.

Durante o dia de hoje, foram cumpridos 20 mandados de busca em casas, uma instituição bancária e sociedades de advogados localizados nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém.

A investigação, que teve início em 2021, está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e vai continuar “com a análise à prova agora recolhida e com os competentes exames e perícias”.

O edifício da sede da Federação Portuguesa de Futebol foi vendido em 2018, altura em que Fernando Gomes era presidente da FPF, cargo que deixou em fevereiro deste ano, sendo sucedido por Pedro Proença, e toma hoje posse como presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP).

Março 25, 2025 . 19:07

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