
Inclusão de doentes simulados no ensino médico
A Universidade de Aveiro (UA) realizou, em fevereiro, uma Formação de Doentes Simulados, no âmbito do Mestrado Integrado em Medicina. Conduzida por Sten Erici, da Universidade de Lund (Suécia), e pela coordenadora da Unidade de Formação Médica, Juliana Sá, visou preparar voluntários para simular situações clínicas, contribuindo para o aperfeiçoamento das competências dos estudantes de Medicina.
Contou com a participação de 26 voluntários, incluindo utentes, Alumni UA e membros de diversas associações, nomeadamente da Associação Portuguesa de Neuromusculares, Associação Calioásis, Portugal AVC, ANDAR, Liga dos Amigos do Hospital Visconde de Salreu e Universidade Sénior da Gafanha da Nazaré.
Os doentes simulados recentemente formados terão a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos já no final deste mês, no contexto de sala de aula, bem como num próximo momento de avaliação. Estas primeiras interações visam «expor os estudantes ao treino da empatia e ao pedido de consentimento informado, aspetos fundamentais na relação médico-doente».
A equipa de coordenação do curso tem vindo a consolidar «um modelo de ensino médico que privilegia a formação humanista, colocando a comunicação e a interação com o paciente no centro do processo de aprendizagem». É «uma abordagem inovadora», a qual garante que os futuros profissionais de saúde «desenvolvem não apenas competências técnicas, mas também uma compreensão aprofundada da importância da empatia no atendimento do paciente».
A UA reafirma, assim, «o compromisso com a inovação no ensino médico e o envolvimento da comunidade no desenvolvimento de futuras gerações de profissionais de saúde, focando-se não apenas na quantidade de estudantes que forma, mas sobretudo na qualidade da formação oferecida»