
«Tenho pessoas que me acompanham e que acreditam no meu potencial»
Estevão Simões chegou a Portugal em 2020, começou a jogar bilhar apenas na época 2022/23 e, logo na temporada seguinte, sagrou-se campeão distrital de pool português da segunda divisão. Esta temporada, além de fazer parte da equipa da Casa do Benfica de Águeda, que luta pelo título de campeão distrital de pool português, lidera o campeonato da primeira divisão e ocupa um excelente quinto lugar na variante de pool. O Diário de Aveiro foi conhecer a história de um jogador que, apenas em dois anos, se tornou numa referência da modalidade no distrito de Aveiro.
Diário de Aveiro: Antes de chegar a Portugal, já jogava bilhar no Brasil?
Estevão Simões: No Brasil não existe o bilhar oficial. Antes de dar a minha primeira tacada numa mesa de bilhar já era um desporto que sempre gostei. É uma paixão desde pequeno. Aos 14 anos fui viver para perto de um café, onde muita gente jogava o que lá se chama de sinuca. Um dia, entrei no café e perguntei se podia jogar e há um senhor que me diz que estava a jogar a dinheiro. Era uma curiosidade que eu tinha e decidi apostar todo o dinheiro que tinha no bolso. Por incrível que pareça, a primeira vez que peguei num taco vi logo que tinha jeito. Ganhei aí minha primeira partida. Comecei, então, a jogar bilhar, a “rodar” nos cafés, mas houve uma altura que, por estar focado noutras coisas, parei até vir para Portugal.
Que diferenças existem entre o bilhar praticado em Portugal e o sinuca do Brasil?
É muito diferente. As mesas no Brasil são mais pequenas, o pano é diferente, as bolas são mais pesadas e os buracos são muito mais “apertados”. Aqui, apesar de ser amadora, a modalidade é muito mais organizada. O pool português, por exemplo, não é só meter bolas, porque também exige estratégia.
Como é que se deu a sua entrada no bilhar em Portugal?
Fui viver para Lagos e o bilhar é uma coisa muito comum no Algarve. Comecei a jogar num café, a ver a malta a treinar pool português, a fazer o reconhecimento do jogo. Ainda era muito inexperiente, mas via-se que tinha jeito.
Ao fim de um ano vem para Aveiro…
Sim, mas fiquei um ano parado, porque não conhecia clubes e cafés em Aveiro. Vim, depois, viver para Águeda e, por coincidência, para perto da Casa do Benfica de Águeda.
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