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Com oito demissões, PSD de Aveiro «não corre o risco de cair»

O presidente da secção de Aveiro do PSD, Firmino Ferreira, já perdeu oito elementos desde fevereiro passado, mas diz que «não corre o risco de cair». Aliás, «começa a atingir a normalidade»

A oitava demissão na secção concelhia de Aveiro do PSD em dois meses é a de Carla Almeida Luís - como expressa numa car­ta dirigida ao presidente de secção concelhia de Aveiro do PSD, Firmino Ferreira - porque passou a notar no partido a ausência de «uma política séria, transparente, rigorosa, respeito­sa, útil e focada no bem de Avei­ro, dos aveirenses e dos portugueses». Sobre a gestão interna do parti­do, Carla Almeida Luís, vogal da comissão política da secção, diz que «são ignoradas as decisões tomadas em reuniões, permitindo e dando aso à chacota» e «informações passadas para o exterior por aqueles que se dizem nossos companheiros». Também renunci­ou ao cargo de membro da Assembleia de Freguesia de Aradas, «em coerência com o que penso», acrescenta.
Estendendo-se na avaliação da atual direção partidária, discorda da política para «catapultar egos, humilhando quem es­tá sem procurar privilégios» e valorizando antes a «meritocracia» e «sentido de missão». Sai dos órgãos com «tristeza» e «vergonha alheia» dois dias depois da aprovação da lista de candidatos a deputados pelo círculo de Aveiro. Na carta, agradece a Ribau Esteves e Simão Santana, que também se demitiram dos cargos de presidentes da mesa do plenário e da comissão política, respetivamente. Estas duas demissões foram a reação à direção nacional do PSD que anunciou o candidato à Câma­ra de Aveiro nas próximas autárquicas, Luís Souto Miranda , contra a escolha local que seria Rogério Carlos, atual vice-presidente do executivo.
Agradece aos ex-presidentes da comissão política e plenário e a Ângela Almeida, que também se demitiu de vice-presidente da comissão política.
Outras demissões já anunciadas foram as Bruno Costa, Rogério Carlos, Rui Félix e Paulo Páscoa. Mas, Firmino Ferreira diz que a secção «não corre o risco de cair». Aliás, acrescenta que «começa a atingir a normalidade».
Entretanto, Catarina Barreto que ainda se mantém no cargo de presidente da Mesa do Plenário da secção, contactou ontem o Diário de Aveiro, contrariando a notícia que se refere a uma votação para escolha do representante da secção de Aveiro na lista distrital de candidatos a deputado nas próximas legislativas. «O meu nome não foi sujeito a qualquer vota­ção (...) para ser indicada para integrar as listas (…), pese embora tenha manifestado a disponibilidade; em momento anterior à votação, retirei a disponibilidade».
Óscar Ratola foi outro que mostrou disponibilidade para ser candidato, mas também retirou o seu nome antes da votação.

Ribau Esteves no passado, Alberto Souto reage
Na pré-campanha para as autárquicas, o presidente da câmara, Ribau Esteves, presidiu à abertura da Feira de Março, na passada terça-feira e fez uma referência à gestão, do passado, do Parque de Feiras e Exposições pela empresa AveiroExpo. Agora, o equipamento é gerido pela Aveiro ParquExpo, uma «empresa nova construída por bons motivos». Substituiu a Aveiro Expo, que «foi uma sociedade de 51 por cento da câmara e 49 por cento da AIDA mas, à boa maneira da velha câmara, foi constituída por maus motivos, porque tinha uma dívida grande para com a AIDA e, como não tinha dinhei­ro nem jeito, deu-lhe 49 por cento da empresa».
«A única coisa que queremos fazer nesta feira - desde que lhe pegámos, numa situação à mo­da da câmara, corrupção, granel, gente com dívidas, litígio entre pessoas, tudo o que era confusão existia aqui nesta feira - foi colocar tudo em ordem, fazer as pazes com toda a gente, colocar regras, quem cumpre está, quem não cumpre não está - e em muito pouco tempo conseguimos ter a feira tranquila», referiu.
Para Alberto Souto, presiden­te da câmara, pelo PS, entre 1998 e 2005, Ribau Esteves «fez mais um número de circo: mentiu sobre a motivação da constituição da empresa Parque Expo (ocorri­da em 2004) e difamou a gestão da empresa nomeada pelo seu antecessor Élio Maia». Segundo Alberto Souto, «a motivação foi estraté­gica e não qualquer dívida (os vereadores do PSD poderão testemunhar)». Candidato à câmara nas próximas autárquicas, conclui que é «mais um disparate e uma chalaça mentirosa». Quan­to à “difa­ma­ção” da gestão (Ribau Esteves), «a­cu­sou-a de corrupção. Alguém no Chega deve estar a preparar outro processo cri­me…», diz sobre Diogo Machado, líder concelhio daquele partido que exerceu funções na empresa.

Março 29, 2025 . 07:45

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