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Debate confirma disputa da câmara pelo PS e PSD

O primeiro encontro entre candidatos à Câmara de Aveiro confirmou que o combate eleitoral principal será entre Alberto Souto e Luís Souto Miranda

No primeiro debate entre candidatos à Câmara de Aveiro, nas próximas eleições autárquicas, promovido ontem pela Ciclaveiro - Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, foi aberto o confronto público entre Alberto Souto, do PS, e Luís Souto Miranda (PSD-CDS-PPM) - um dos dois será (o que é praticamente certo) o próximo presidente da autarquia - num encontro em que o Bloco de Esquerda falou sozinho sobre o regresso dos transportes públicos à gestão municipal, e o fim da concessão a um privado.
Alberto Souto repetiu a proposta de fechar a Av. dr. Lourenço Peixinho ao trânsito, entre outras ideias, e Luís Souto Miranda (os dois são irmãos) respondeu: «Esteve lá oito anos e não fez nada disso...» [recorde-se que Alberto Souto foi presidente entre 1998 e 2005]. Notou contradição entre o fecho da avenida ao trânsito e a abertura do túnel sob a estação, com ligação rodoviária direta à avenida, construído durante a presidência de Alberto Souto, o que «condicionou o seu futuro». O candidato da coligação dos três partidos, atual presidente da assembleia municipal, responsabiliza o socialista pela abertura a uma «quantidade enorme de veículos». Alberto Souto respondeu que até à alteração recente da avenida não havia engarrafamentos e, se for eleito presidente e fechar a avenida ao trânsito, a passagem pelo túnel será «reservada aos autocarros». Luís Souto disse que o túnel teve «custos brutais», recomendou «rigor» e recordou os mandatos de Alberto Souto «com os resul­tados que sabemos», referindo-se, sem o dizer, à dívida deixada.

Veículos autónomos
Alberto Souto deseja ainda que Aveiro seja «a primeira cidade com autocarros autónomos» e valorizou a disponibilidade de 60 milhões de euros para um metro de superfície. Sobre autocarros sem condutor, Luís Souto disse que «já existe», embora em testes.
Sobre bicicletas, Alberto Sou­to disse que é ele o «pai das Bugas» e propõe a fase 3 destas bicicletas para outros fins, mas Luís Souto Miranda disse que quando Alberto Souto deixou a câmara «eram menos de 30 e não havia responsabilização».
A associação convidou para um debate sobre mobilidade para “(Re)pensar a repartição do espaço público para a promoção de políticas públicas de mobilidade ativa em Aveiro» e apresentou dados dos últimos Censos, onde Avei­ro perde, em dez anos, 35% dos utilizadores de transporte público numa década e 13% de bicicleta.
João Moniz (BE) não foi a­companhado sobre as vantagens da remunicipalização dos transporte. Além dos 20 milhões durante 20 anos, a Transdev, arrecada a bilhética e compensações (pela circulação “em vazio”, sem passageiros). Diz ainda que uma gestão privada é mais flexível, exemplificando com o caso de necessidade de reforços de serviço. Numa concessão, o assunto tem de ser negociado entre a câmara e o concessionário, demorando tempo. Detetou uma contradição entre a defesa de men­os carros no centro e a proposta de Alberto Souto de mais parques de estacionamento no centro e junto ao centro, subterrâneos, que o candidato socialista alegou servirem para retirar os carros da superfície. Miguel Gomes, da IL, sugeriu que os parques fossem em silos.

Bicicletas
Sem opositores à bicicleta - foi o meio de transportes mais referido no debate, como as vias cicláveis -, João Quintela, dirigente distrital do Livre, quer o regresso das pessoas aos centros urbanos e transportes integrados, de proximidade, com interligações modais. Miguel Gomes (IL) também defendeu o investimento no transporte público, no município e interconcelhio, para demover o uso intensivo do automóvel.
Para João Almeida, do PAN, falta capacitar técnicos municipais e incentivos ao uso de transportes públicos. «Pagamos muito mais que outras comunidades intermunicipais», comparando com o Porto e Lisboa. Ainda sobre incentivos, Luís Souto propõe um “passaporte municipal” e a conquista de pontos para obter créditos.
Houve alguns momentos de unanimidade e de compromis­so, designadamente na redução de automóveis no centro e aumento da segurança na circulação do espaço público, principalmente pelos ciclistas, e mais ciclovias. A segurança dos ciclistas não é um traço comum nas ruas, como circular de bicicleta na Av. Europa, ou atravessá-la. «Mete medo», vincou Miguel Gomes.

Março 30, 2025 . 08:45

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