
Indignação popular perante remoção de Castanheiro-da-Índia
A remoção de um Castanheiro-da-Índia centenário, plantado por volta de 1860 junto à Capela de São Miguel de Ovar, está a gerar forte contestação entre moradores, ambientalistas e defensores do património cultural da cidade. O corte da árvore, ocorrido no início da última semana, foi considerado por muitos um «crime público» e um atentado contra a memória e identidade de Ovar.
A árvore, descrita por vizinhos como «simples, bonita, saudável e de pouca folhagem», fazia parte do antigo jardim público envolvente da capela. Fotografias de época comprovam a presença da árvore desde o século XIX, o que reforça o seu valor patrimonial e simbólico para a cidade.
Moradores locais apontam o pároco de Ovar, padre Vítor Pacheco, como o responsável pela decisão de cortar a árvore, alegando que o mesmo ignorou pareceres técnicos da Câmara Municipal de Ovar que desaconselhavam o abate.
«O padre Vítor não acata a opinião de ninguém. Esta árvore pertencia à história viva de Ovar. Foi um crime público», afirmou um dos residentes indignados.
As críticas estendem-se também à postura das autoridades locais, acusadas de não protegerem adequadamente o património natural. «Isto é um retrocesso civilizacional. Um ataque à democracia, à cidadania e à identidade coletiva de Ovar», declarou outro habitante.
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