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Defesa de Ricardo Salgado pede para Tribunal identificar e dispensar do julgamento

O antigo presidente do BES é o principal arguido do caso BES/GES e responde em tribunal por 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014

A defesa do ex-banqueiro Ricardo Salgado pediu hoje no início do julgamento do processo BES/GES para que o tribunal faça já a sua identificação formal, dispensando-o de seguida de ficar presente na sessão e de comparecer nas seguintes.

Gostaria de requerer que procedesse à identificação e que a seguir o dispensasse de ficar na audiência e de comparecer nas seguintes”, afirmou o advogado Francisco Proença de Carvalho.

O antigo presidente do BES, que veio acompanhado pela mulher Maria João Salgado devido ao seu diagnóstico da doença de Alzheimer é um dos arguidos presentes na sala de audiência, que se encontra praticamente completa com advogados, arguidos, comunicação social e público.

A presidente do coletivo de juízes, Helena Susano, perante a falta de oposição de Ministério Público e assistentes, deferiu o pedido para se formalizar já o procedimento: “É adequado e justifica-se tomar a identificação dos que estão e proceder então à identificação de imediato”.

Ricardo Salgado foi então questionado pela presidente do coletivo de juízes sobre o seu nome, que respondeu sem dificuldade, e soube também dizer o nome dos pais, apesar de um lapso nos apelidos da sua mãe.

Lembrou-se de que era banqueiro e de que morava em Cascais, mas não se conseguiu recordar da morada exata.

Questionado pela juíza se queria estar presente no julgamento, Ricardo Salgado não soube responder e o seu mandatário acabou por interromper a magistrada. “Acho que é pacífico que o nosso constituinte tem a doença que tem. Creio que a doutora compreende os efeitos da doença ou então temos de fazer uma perícia”, disse Francisco Proença de Carvalho.

O advogado acabou por se levantar e aconselhar o ex-banqueiro a dizer que queria que o julgamento decorresse na sua ausência, o que aconteceu de seguida, sendo então autorizado pelo tribunal a deixar a sala de audiência pelas 10:25.

Entretanto, vários advogados pediram também que os seus clientes fossem julgados pelo tribunal na sua ausência.

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