Suspeito de agressões na Câmara de Torres Vedras detido para avaliação médica
O Tribunal de Loures decretou que o homem suspeito de entrar com uma arma branca na Câmara de Torres Vedras e agredir quatro funcionários seja internado no Estabelecimento Prisional de Caxias para “avaliação médica”, disse hoje fonte da PSP.
Esta medida de coação foi decidida pelo juiz de Instrução Criminal após o homem ter sido ouvido em interrogatório judicial, na quarta-feira, esclareceu a mesma fonte.
O suspeito, de 50 anos, foi detido na terça-feira à tarde pela PSP, após mandado de busca fora de flagrante delito emitido pelo Ministério Público.
No dia 28 de outubro, o homem entrou com uma arma branca pelas 13:00 no edifício multisserviços da Câmara Municipal de Torres Vedras, na Avenida 5 de Outubro, e agrediu quatro funcionários.
Segundo disse fonte oficial da PSP na altura, “um homem com cerca de 50 anos ter-se-á introduzido no interior do edifício, supostamente na posse de arma branca, alegadamente com o intuito de pedir satisfações por questões pessoais relacionadas com um familiar”.
O comandante dos bombeiros de Torres Vedras, Hugo Jorge, acrescentou à Lusa que a corporação foi chamada ao local pelas 13:20, tendo transportado os quatro funcionários “com vários hematomas” à urgência do hospital de Torres Vedras.
A PSP confirmou também o registo de “agressões físicas” aos trabalhadores municipais.
O agressor terá abandonado as instalações camarárias antes da chegada da polícia.
Três das quatro vítimas apresentaram queixa à PSP.
“Trata-se de um caso pessoal do homem com um funcionário da câmara, não tem a ver com a prestação dos serviços” pela autarquia, disse nesse dia à Lusa a presidente do município.
Num ‘email’ enviado às redações um dia após as agressões, o suspeito disse ter sido o responsável pelas agressões, esclarecendo que a presidente do município, Laura Rodrigues, “faltou à verdade ao afirmar que [o caso] não tem a ver com serviços prestados pela câmara”.
Na mensagem, o homem explicou que agiu “em defesa familiar”, por ele e o filho terem sido vítimas de um conflito laboral.
Confrontado pela Lusa, o município não quis pronunciar-se sobre os “motivos da intrusão e agressões”, acrescentando apenas que “está a colaborar com as entidades competentes”.