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Portugal condena ataque atribuído ao Hezbollah contra ONU no Líbano

A diplomacia portuguesa considerou que “ataques contra instalações das Nações Unidas são inadmissíveis” e alertou que se trata de “uma clara violação do direito internacional”

O Ministério dos Negócios Estrangeiros condenou hoje um ataque atribuído ao grupo xiita Hezbollah com ‘rockets’ contra instalações da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL), que resultou em quatro soldados italianos feridos.

Numa breve nota, a diplomacia portuguesa considerou que “ataques contra instalações das Nações Unidas são inadmissíveis” e alertou que se trata de “uma clara violação do direito internacional”.

Quatro soldados italianos ficaram feridos sem gravidade num novo ataque à missão de paz da ONU no Líbano, informou a FINUL e o Governo de Itália, indicando a provável autoria do Hezbollah, que se encontra em guerra com Israel há mais de um ano.

A FINUL confirmou que quatro dos seus militares internacionais foram feridos por dois ‘rockets’, que atingiram um ‘bunker’ e uma área logística, “causando danos significativos”.

Por sua vez, o Hezbollah declarou ter disparado hoje “uma salva de rockets” contra soldados israelitas em Chamaa, no sul do Líbano.

Em comunicado, o Ministério da Defesa italiano indicou que os militares ficaram ligeiramente feridos “após a explosão de dois ‘rockets’ de 122 mm que atingiram a base UNP 2-3 em Chama-a”, que alberga o contingente italiano e o Comando do Setor Ocidental.

Vou tentar falar com o novo ministro da Defesa israelita [Israel Katz], o que tem sido impossível desde que assumiu o cargo, para lhe pedir que evite usar as bases da FINUL como escudo”, disse o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, citado no comunicado de imprensa.

De acordo com um porta-voz da FINUL, a força da ONU registou mais de 30 incidentes em outubro, resultando em danos materiais ou ferimentos, incluindo cerca de vinte devido a disparos ou ações israelitas.

Mais de dez mil militares internacionais de manutenção da paz estão estacionados no sul do Líbano, onde a FINUL se encontra destacada desde 1978 para vigiar uma zona tampão com Israel.

Após um ano de trocas de tiros na região transfronteiriça, Israel entrou em guerra aberta contra o Hezbollah em 23 de setembro, lançando uma intensa campanha de bombardeamentos no Líbano.

Desde 1 de outubro, forças terrestres israelitas entraram no sul do Líbano, onde este conflito já matou mais de 3.500 pessoas e deixou acima de 1,2 milhões de deslocados.

Novembro 22, 2024 . 19:32

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