«Embaixadores» do arroz de Estarreja
Os confrades serão «embaixadores do município e do arroz» e a recém-formada Confraria do Cultivo de Arroz em Estarreja (CCAE) «uma espécie de Ministério dos Negócios Estrangeiros», disse Diamantino Sabina, presidente da câmara municipal e também um dos confrades de honra entronizados no I Capítulo, que trouxe representantes de congéneres de várias partes do país à cidade. Até confrades da Guia (Algarve) vieram até Estarreja para testemunhar este «momento histórico para a nossa confraria», segundo disse o chanceler-mor, José Alberto Marques.
Tal como ele, mais 75 confrades (no total, 15 de honra e 61 fundadores) têm como missão promover o arroz produzido em Estarreja, as mil e uma maneiras de confecionar pratos de arroz e levar o nome de Estarreja além-fronteiras. A ideia é, como o edil estarrejense defendeu, «fazer com que o arroz volte a ser um ícone identitário do concelho».
Nem todos estiveram presentes na sessão que se realizou nos Paços do Concelho na manhã de ontem, mas os que marcaram presença prometeram, entre outras coisas, «comer arroz» e, depois disso, brindaram, como seria de esperar, igualmente, ao arroz.
Ligação ao Museu Fábrica da História - Arroz
O renascimento dos cultivos de arroz em Salreu e Canelas, a recuperação da antiga Fábrica do Descasque do Arroz e um tio que lá trabalhou foram o mote para José Alberto Marques avançar para a criação da CCAE, cujo «logótipo é, precisamente, a máquina de fabrico artesanal de descasque do arroz», que se encontra no museu e que fora «doada pela afilhada do seu construtor».
Este projeto inédito, «onde a realidade do cultivo de arroz se mistura com a história da antiga fábrica» do descasque do arroz é, acima de tudo, «uma homenagem ao passado e presente dirigida a todos os atuais e antigos trabalhadores».
A ligação ao Museu Fábrica da História - Arroz é, pois, «inevitável, cumprindo assim o rumo da história de Estarreja, na projeção gastronómica do nosso arroz, localizado numa região de excelência como o Baixo Vouga Lagunar». Este, através da CCAE, «irá ser promovido e divulgado desde o seu cultivo e descasque, terminando na confeção de pratos salgados e doces, com a preocupação da imagem e inovação». Isto, com a ajuda de «cursos profissionais de cozinha». Aliás, o almoço de ontem esteve a cargo do Curso Profissional Técnico de Cozinha e Pastelaria da Escola Secundária de Estarreja.
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