Portugal está preparado para os vírus VSR e mpox
O presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) garantiu hoje que Portugal está preparado para os vírus sincicial respiratório (VSR) e mpox do “ponto de vista técnico e laboratorial”
No Porto, onde falava aos jornalistas à margem do I Encontro de Saúde Pública do INSA Porto, Fernando de Almeida não avançou se Portugal vai ou não seguir as recomendações da OMS que, por exemplo sugeriu a vacinação de grávidas para proteger bebés contra vírus sincicial respiratório (VSR), mas afirmou estar sempre em linha com esta entidade.
“Somos o laboratório de referência para toda a área da epidemiologia sobretudo associada à parte laboratorial e diagnóstico portanto estamos sempre em articulação com a OMS e em linha com todas as suas orientações”, referiu.
O presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) disse que este foi “o primeiro instituto no mundo a fazer a sequenciação genómica completa do mpox” e sobre medidas concretas remeteu para a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo Hanna Nohynek, os estudos de eficácia já realizados demonstram a segurança da vacinação materna e a recomendação dos peritos teve em conta os riscos e os benefícios desta imunização de mulheres grávidas.
Para os países que decidirem adotar a vacinação materna, o SAGE recomenda uma dose única da vacina a administrar no terceiro trimestre de gravidez, entre as 24 e as 36 semanas de gestação, que demonstrou ser eficaz na prevenção de doenças graves associadas ao VSR nos recém-nascidos.
Quanto à mpox, esta é uma doença viral que se transmite dos animais para os seres humanos, mas também pode ser transmitida entre seres humanos através de contacto físico prolongado, causando febre, arrepios, dores musculares e lesões cutâneas.
A 14 de agosto, o Comité de Emergência para a mpox da OMS declarou que a situação constitui uma emergência de saúde pública de âmbito internacional.
A Comissão Europeia autorizou a 20 de setembro a vacinação de adolescentes, cidadãos entre os 12 e os 17 anos, contra o mpox, na sequência de uma recomendação feita pela Agência Europeia do Medicamento (EMA).