Médicos de família defendem que deve ser evitado seguimento duplo do doente no SNS e no privado
O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar defendeu hoje que deve evitar-se “o duplo seguimento” do doente no público e no privado, mas realçou que o acesso ao SNS “não deve ser recusado”.
Nuno Jacinto reagia desta forma ao aviso feito, na quinta-feira, pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) a todas as unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), de que não podem recusar cuidados aos seus utentes pelo facto de serem acompanhados no setor privado ou social.
Em declarações aos jornalistas à margem na comemoração do 125.º aniversário da Direção-Geral de Saúde, em Carcavelos, o médico afirmou que a assistência no SNS deve continuar a acontecer.
Ressalvando que o alerta do regulador da saúde “é importante”, Nuno Jacinto disse, contudo, que não lhe parece que a situação apontada constitua “a generalidade das situações que ocorrem nos centros de saúde e nos hospitais do país”.