Vamos ao encontro do presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) e da Câmara da Murtosa e encontramos o autarca envergando um fato, embora desprovido de gravata. Diz-se, porém, pronto a pedalar. A pretexto do Dia da Bicicleta, o Diário de Aveiro desafiara-o para um passeio de bicicleta pelo seu município e o político respondeu afirmativamente.
Passamos alguns minutos no seu gabinete a falar de mobilidade. Depois monta numa bicicleta do projeto Murtosa Ciclável, estacionada à porta dos Paços do Concelho, e guia-
-nos até ao Cais da Ribeira de Pardelhas, um dos locais icónicos da povoação ribeirinha.
A Murtosa, assim como Ílhavo, é um município com uma «forte tradição» no uso da bicicleta. Outras autarquias e a CIRA, garante Joaquim Baptista, desenvolvem políticas públicas destinadas a facilitar a utilização crescente das duas rodas nas deslocações de lazer e entre casa e a escola e o trabalho.
A mobilidade sustentável é uma «aposta» assumida pela CIRA que é, no entanto, «muito mais» do que a mobilidade ciclável, diz. Cabem nessa categoria as formas de deslocação que estão «do outro lado do transporte individual», resume.
O transporte público é uma peça importante na estratégia de mobilidade no interior do território da CIRA, sustenta o dirigente regional. A rede intermunicipal de autocarros começou a funcionar em outubro e, apesar de ser uma operação «ainda muito imatura», tem vindo a impor-se como uma boa solução de mobilidade, garante.
A operadora privada que ganhou a concessão tem vindo a resolver problemas identificados pelos utentes e pelos municípios, como «desajustamentos da rede». Há algumas afinações a fazer, nota, como tornar possível o transporte de bicicletas no interior dos veículos.
