O presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) mostrou-se ontem apreensivo com a «falta de valorização» das pessoas com formação universitária em Portugal. «Em 2011, um diplomado recebia, em média, 51 por cento mais que alguém com ensino secundário; hoje esta diferença decresceu para apenas 27 por cento», preveniu Wilson Carmo na comemoração dos 46 anos da entidade.
«A questão que se coloca ao país», sublinhou, «é que políticas teremos para a valorização desta geração». «A motivação de alguém que segue para o ensino superior atualmente é apenas a busca de conhecimento e, por mais nobre que isso seja, não devia ser apenas isso», assinalou.
O dirigente apresentou números que dão corpo às suas preocupações. «Temos atualmente cerca de cinco milhões da população empregada; porém, mais de um quarto tem qualificações a mais para o trabalho que faz. A conclusão que se pode então tirar é a de que não estamos a conseguir potenciar o país com as qualificações que criamos».
