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Câmara anuncia construção do novo quartel da GNR em Pedrógão Grande


Cristiana Bernardino (texto) e Luís Filipe Coito (fotos) Quinta, 25 de Julho de 2024

O presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, António Lopes, anunciou a construção de um novo quartel da Guarda Nacional Republicana (GNR). A novidade foi avançada ontem, durante a sessão solene do Dia do Município de Pedrógão Grande, que se realizou na Casa Municipal da Cultura, onde o autarca clarificou que o protocolo já foi aprovado em reunião de Câmara, no qual o município “se propõe a fornecer o projeto e desenvolver todo o procedimento de concurso público e construção do imóvel”.
À margem da cerimónia, o social-democrata adiantou ao nosso jornal que a necessidade de um novo quartel já se arrasta há alguns anos. Sem ainda ser possível adiantar o valor do investimento do projeto, António Lopes explicou que “com o Governo anterior” as movimentações do município seguiram no sentido de construir um novo quartel, mas acabou por ser “orientado para a requalificação do quartel atual”. “Este Governo entendeu e quanto a mim entendeu bem, fazer um quartel novo de raiz para 30 militares, incluindo a valência feminina e temos já todas as comodidades”, esclareceu o autarca, adiantando que o edifício ficará localizado na vila, num terreno já “disponibilizado” pelo município, com uma área de 2.500 metros quadrados”.
O edil aproveitou a sessão solene para transmitir algumas preocupações do município, nomeadamente, a cobertura de telecomunicações que, no seu entender, continua a ser “um ponto fraco diagnosticado” por resolver.
“Uma boa cobertura de telecomunicações é fundamental para que o município seja atrativo para as novas profissões, para os novos profissionais, para a economia digital”, salientou António Lopes, acrescentando que a solução poderá estar à vista com a “utilização de uma tecnologia já usada nas eleições europeias”.
A área da saúde foi também mencionada no discurso do autarca pedroguense, que admitiu ver com “muita preocupação” a atual “solução apresentada pela ULS [Unidade Local de Saúde] de Coimbra, para a governação do Centro de Saúde”, apresentando “insuficiências nas respostas ao nível de horários, urgências e funcionamento das extensões de saúde das freguesias da Graça e Vila Facaia”.
“Não queremos acreditar, porque é inaceitável que se vislumbre o seu encerramento, cenário sempre proposto pela anterior coordenação do Centro de Saúde e prontamente recusado pelo município”, assegurou.
Tendo em conta que a Câmara assumiu a competência da saúde com a gestão de instalações, equipamentos e pessoal operacional, António Lopes lamentou o facto das transferências financeiras se encontrarem “aquém da realidade”.
Preocupado pela “resposta por parte dos técnicos de saúde”, o município “construiu uma proposta generosa”, através da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), “para facilitar a sua opção de colocação nestes concelhos de menor densidade”.
Ao nível da Educação, António Lopes deu conta que foi apresentada a candidatura para a requalificação da Escola Miguel Leitão de Andrada, tendo em conta a “prioridade de intervenção”.
A mesma foi “redirecionada para o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], agora com apresentação de estudo sísmico” e o critério alterado para “ordem de entrada”, lamentou, acrescentando que a decisão vai obrigar o atual Governo a comprometer-se com um “empréstimo BEI” (Banco Europeu de Investimento) para que os municípios, incluindo o de Pedrógão Grande, financiem as obras.

“Há muito a fazer em caminhos florestais e melhores acessos”
O presidente do município constatou ainda que “há muito a fazer” no que diz respeito aos “caminhos florestais e melhores acessos”. “Temos muitas obras previstas e orçamentadas. Algumas até de pequena dimensão, mas que se tornam vitais para o bem-estar das nossas populações, mas a capacidade financeira do município é insuficiente para as executar”, lamentou o autarca, apelando ao Governo apoio para a concretização destes investimentos, tal como a “existência de programas de financiamento para apoiar os municípios” na renovação de equipamentos.

Município realiza 150 hectares de faixas de gestão de combustível
Na sua intervenção, António Lopes deu ainda conta que no âmbito da prevenção de incêndios florestais, a autarquia, por ano, realiza em média 150 hectares de faixas de gestão de combustível secundárias, despesas que considera que deveriam ser “ressarcidas”.
Em caminhos florestais, a ação do município “estende-se a 250 quilómetros de intervenções de melhoria da rede viária florestal, garantindo a seguran¬ça na circulação dos meios de so¬corro”, estando ainda previs¬to “o reforço em 150 quilómetros com os recursos do município”, revelou António Lopes.


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