O presidente da Câmara de Aveiro voltou a insurgir-se contra o modelo nacional de agendamento das vacinas contra a Covid, defendendo que a gestão do processo deveria caber às “entidades locais”. “Por que é que Lisboa se tem de meter” na marcação da vacinação em Aveiro?, questionou Ribau Esteves, mais um sinal de como o país está “estupidamente centralizado”.
O autarca da coligação PSD/CDS abordou o assunto na reunião de ontem do executivo municipal, a primeira do ano, por haver “muitos cidadãos a reclamarem” contra a “falta de condições” do local onde estão a ser ministradas as vacinas no concelho. O centro de saúde de Aveiro tem capacidade para vacinar 200 pessoas por dia à semana e 600 ao fim-de-semana mas o regime Casa Aberta tem feito aumentar este número, com a procura a atingir os 600 utentes de segunda a sexta e os 1.200 aos fins-de-semana, com tempos de espera que chegam a superar as três horas.
Perante esta afluência, a Câmara e o Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga estão a ultimar a abertura de um centro de vacinação que será activado ainda este mês – nos “próximos dias” será anunciada a sua localização, sendo certo que não voltará a ser o Parque de Exposições, onde o serviço funcionou até Outubro de 2021. Será um espaço reservado “em exclusivo” para a vacinação e que portanto não colidirá com outras actividades, mantendo-se em funcionamento até ser necessário, explicou Ribau Esteves. Estará ainda munida de uma equipa de enfermeiros “a trabalhar em exclusivo” nesta tarefa.